segunda-feira, novembro 05, 2007

Criação

Lá estava eu. Sentado próximo da Copyplot olhando. Olhando algo comum, algo que fui criado para olhar. Estava olhando uma bunda. Ou se você preferir chame de nádega, rabo, parrécu, cú. O famoso "orgulho nacional". Poderia agora, estar falando sobre o consumismo jovem nas lanchonetes da famosa "facú" , mas não. Vou falar das bundas que passam por mim. Aquela que eu olhava. Ela estava dentro de um shortinho (já que agora é moda usá-los) de cor branca, quase transparente. Sua calcinha (essa "por acaso", estava fio dental) preta dava um charme na sua pele morena e deixava sua bunda grande, muito grande. Eu olhei e medi mais ou menos 102cm de quadril. Um senhor quadril! E como rebolava. A bunda brasileira tem um rebolado único. A baiana, nem se fala. Viva a Jorge Amado e os quadris e ancas largos.

Ela se foi. Parei um tempo, ascendi um cigarro, dei alguns tragos e vi outra. Mais uma bunda grande. Essa estava numa saia longa e azul e também transparente (parece que mostrar a calcinha é algo comum). Usava uma calcinha vermelha e pequena. Nem parei para tentar medir o tamanho. Era enorme! A única coisa que fiz foi falar: "Porra, que cú!". Fui criado para isso e peço desculpas as mulheres. Bem, ela também se foi e eu fiquei com a boca aberta e meus ternos chulos ali sentado.

Passei cinco minutos ali olhando todas aquelas bundas. Grandes, pequenas, médias. São bundas!


Sanção Maia

3 comentários:

Mila Botto disse...

Maravilhoso, simples e maravilhoso. Como tudo que Sanção escreve. ;)

Michell Almeida disse...

Saravá, filho!
Folgo em saber do vosso regresso.

Abraço!

PS: Nem preciso falar do texto.

MuriloAlves disse...

Imagine, caro Sanção, que no Líbano, a tal da "preferência nacional" são os olhos femininos... É que por uma questão cultural, que a ignorância ocidental chama de 'proibição', as mulheres libanesas não saem de casa sem o turbante, o que ao contrário do que muitos pensam enchem-nas de alegria e vaidade. Bem, tudo isso, serve apenas para dizer que eu, brasileiro descendente de libaneses, aprecio, sim, belas ancas somadas a maravilhosas retinas. Por que não? É tão bom! Viva o Brasil, viva o Líbano, viva a bunda, viva os olhares, viva o que ainda faz a Jorge Amado valer um pouco a pena. Viva você!
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