quinta-feira, maio 15, 2008

Fin

Ínfimo afago,
ser calado.
Seus pés,
enterrados em poços de amargura,
enraízam nessa terra molesta, dura
raízes erméuticas, cadáver

Mundo vão,
mundo ermitão.
Deixe a carne deste funesto corpo,
dorso profano,
apodrecer nas entranhas, medonhas
desse errante solo

Ínfimo suspiro,
chuva de lágrimas.
Água que molha a terra,
terra que seca água.

….
….
….
….
Fim dos dias,
sete palmos no chão.

Sanção Maia
08/03/08

segunda-feira, maio 05, 2008

Dama das Esmeraldas

Vem você olhando,
fixando, acanhando...
Dama das Esmeraldas,
observa, hipnotiza

Dama das Esmeraldas,
contemplo, me perco.
Intensa sensação,
macia tentação
de almejar, seguro em mãos,
a Odisséia do teu brilho

Apolo, Sol Divino,
Seja guia!
As aventuras pelo brilho helênico,
É a tua especialidade.
Ajuda, teu filho no caminho esverdeado
ao encontro das Esmeraldas

Dama das Esmeraldas
olha, acanha, fascina.
Esplendor de esmeraldas, ilumina,
o caminho do encontro de almas

Salve o verde, olhar.
Salve o verde, hipnotizar.
Salve o verde, esplendor platônico.
Salve o verde, acanho esverdeado.

Damas das Esmeraldas,
verde apaixonar.

Sanção Maia
25/03/08

Dedicada à Érica Amorim