quinta-feira, maio 15, 2008

Fin

Ínfimo afago,
ser calado.
Seus pés,
enterrados em poços de amargura,
enraízam nessa terra molesta, dura
raízes erméuticas, cadáver

Mundo vão,
mundo ermitão.
Deixe a carne deste funesto corpo,
dorso profano,
apodrecer nas entranhas, medonhas
desse errante solo

Ínfimo suspiro,
chuva de lágrimas.
Água que molha a terra,
terra que seca água.

….
….
….
….
Fim dos dias,
sete palmos no chão.

Sanção Maia
08/03/08

2 comentários:

Mila Botto disse...

Você sempre será um dos meus favoritos quando o assunto na mesa for poesias.

Parabéns sempre!

Taisa Ferreira disse...

Fugindo a regra os textos melosos das pessoas na data mais linda do ano...

Profundo e reflexivo, me peguei pensando nos cadaveres q precisamos sepultar no dia dia, não aqueles de carne e osso, mas os de materia abstrata.

Bjks...