Ínfimo afago,
ser calado.
Seus pés,
enterrados em poços de amargura,
enraízam nessa terra molesta, dura
raízes erméuticas, cadáver
Mundo vão,
mundo ermitão.
Deixe a carne deste funesto corpo,
dorso profano,
apodrecer nas entranhas, medonhas
desse errante solo
Ínfimo suspiro,
chuva de lágrimas.
Água que molha a terra,
terra que seca água.
….
….
….
….
Fim dos dias,
sete palmos no chão.
Sanção Maia
08/03/08
2 comentários:
Você sempre será um dos meus favoritos quando o assunto na mesa for poesias.
Parabéns sempre!
Fugindo a regra os textos melosos das pessoas na data mais linda do ano...
Profundo e reflexivo, me peguei pensando nos cadaveres q precisamos sepultar no dia dia, não aqueles de carne e osso, mas os de materia abstrata.
Bjks...
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