quarta-feira, novembro 10, 2010

Incontrolável

Explica para mim,
Homem forjado em amarguras, agruras
Quando nessa vida leviana, dura
Houve a sensibilidade do sentir?


Por que eu?
Sempre na sordidez de escárnios,
Com sentimentos esbónios
Fui incumbido para tal tarefa?


Incompreensível ação,
Pegando de antimão
Alguém que ver no facilitar
O modo de demandar a vida


No ventre ermo, no oco sentir
O alento cândido e o desejo brando
Espalham em demasia
A alegria num corpo vão


Se assim é o desejo,
De tal ser que não vejo,
Acalentar esse prodígio do vazio
Abraço-me


Se assim o tenho
Não farei desdenho
E aspirarei sem medo
Esse gostoso sentir




Sanção Maia
10/11/10