quarta-feira, novembro 10, 2010

Incontrolável

Explica para mim,
Homem forjado em amarguras, agruras
Quando nessa vida leviana, dura
Houve a sensibilidade do sentir?


Por que eu?
Sempre na sordidez de escárnios,
Com sentimentos esbónios
Fui incumbido para tal tarefa?


Incompreensível ação,
Pegando de antimão
Alguém que ver no facilitar
O modo de demandar a vida


No ventre ermo, no oco sentir
O alento cândido e o desejo brando
Espalham em demasia
A alegria num corpo vão


Se assim é o desejo,
De tal ser que não vejo,
Acalentar esse prodígio do vazio
Abraço-me


Se assim o tenho
Não farei desdenho
E aspirarei sem medo
Esse gostoso sentir




Sanção Maia
10/11/10

3 comentários:

Unknown disse...

Amei!!!!
Tinha tempo q vc nao escrevia um assim tao pleno...

Life's Infame disse...

sem máscaras, né? =)

Luciano Sena disse...

Esqueceu apenas de avisar alguns dos colegas sobre esse seu espaço. Ainda não conhecia sua faceta de poeta, agora teremos mais assunto para conversarmos. Parabéns! Gostei bastante do poema INCONTROLÁVEL, com tempo vou lendo os posts antigos.
Se não começou, comece a organizar seus contos e poemas para uma possível antologia, os editais e apoios estão ai pra isso.
Divulgar novos nomes em todos os campos das artes.
Parabéns de verdade, do amigo são-paulino e único hexacampeão de verdade, Luciano Sea.