quarta-feira, novembro 14, 2007

Igualitè

Me responda essa pergunta,
junto com seus pecados
Por que o negro você bate, espanca?
Por que o negro você vê como Diabo?

Minha cor te incomoda
A cor "negra" como você denominou...
Sou Negro!
Algum problema?
Você me chamou assim,
quis que fosse ruim,
mas não conseguiu

Sei quem sou, quem fui e quem serei
Serei negro, preto, carvão, tifum
Me vê como demônio?
Meu pêssames....
Sou tão humano quanto você,
sou tão igual como você,
sou tão demônio quanto você

Abra seu olhos azuis
e olhe meus olhos negros
Veja, ando em duas pernas
e raciocino como você

Sorria branco,

somos da mesma espécie,
somos irmãos de vida

Não vou roubar sua cultura,
eu tenho a minha
Não vou roubar "suas" terras,
eu as divido contigo
Não vou ser tirano com seus iguais,
quero a paz e a união dos povos

"I have a dream"
disse Luterking
e eu digo também
Seja idealista como eu,
de um mundo humano,
de um mundo unido


Sanção Maia
09/05/07

3 comentários:

Mila Botto disse...

SÓ PARA VARIAR: EXCELENTE.

Hailton Andrade disse...

Sua reflexão foi muito bem feita, Sanção. Um assunto tão sério como o preconceito numa poesia, magnifíco.

Qua as pessoas entendam o significado de tão complexa situação.

Gostei muito do seu blog.

Saudações!

Taisa Ferreira disse...

Palavras bem medidas e profundas...Face cotidiano do menino que cresce sendo poeta. Saudações!

Taysa