Quem eis?

O que eis tu, bela criatura?
De onde saiu tão magnanima beleza?
Do ventre de algum Deus
ou das mãos de um hábil escultor?
Do coração da Mãe-Natureza
ou das lágrimas da Deusa do amor?

Eis nobre, eis linda
Mais hipnótica que as sereias,
mais graciosa que as amazonas,
mais sensível que a deusa Atena,
mais bela que Helena, a mais bela troiana

Tuas danças, teus rodopios
espalham um aroma de flor
Camélia, margarida ou crisântemo
não importa o perfume,
ele exala amor

Se passeias ao lado do lago,
nas árvores pássaros põem-se a cantar
No lago, peixes pulam exaltados
e as nuvens brancas como algodão
se curvam como todos os seres da natureza a ti,
majestade de beleza

Quem eis? O que eis?
Até os sátiros, simplórios vagabundos
largam seu viver oriundo
e atrás de ti ponhem-se a correr

Se eis tão bela assim
e até os sátiros por ti se apaixonam...
Só um ser assim é...

Ah! Como não perceber
Eis uma ninfa! Ser de beleza infinita
que homens, sátiros e deuses de Olímpo
se ajoelham e pedem teu amor

Se tens nome, diga-me
Para poesias poder fazer
e canções a ti oferecer
para a ti agradecer
por maravilhar minha vida simples
Se tens nome, diga-me
Pode ser Karla, Ariane ou Suziane
seja qual for, lindo será
e com a boca cheia de vontade
irei falar, gritar, assobiar, cantarolar

Ninfa, oh! Bela ninfa
vinde para meus braços
e assim conhecerás a verdadeira,
unicamente, a verdadeira felicidade
(26,27 e 28/10/2004)


Dedicado a Karla Oliveira Dias